segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


Rua Paula Freitas número 66, loja B. Amantes do mundo dos bares e restaurantes não podem deixar de fazer uma visitinha nesse autêntico reduto do mundo da gastronomia. Que me desculpem os Aprazíveis, comfort foods e contemporâneos da vida. Viva Flor é o que há de melhor. Tem o cardápio – sempre desatualizado - quadros e outras relíquias, tudo com um ar para lá de nostálgico. Minha predileção é o menu display, ops, menu de preços a la anos 80. Uma boa lembrança está viva no quadro de promoção contendo os mais variados sabores de sorvete de uma época em que a crocância da casquinha passava ao longe. Outra peça rara desse galeto - que é meu restaurante preferido - fica por conta da chopeira, um trambolho que já deve ter dado muita, mas muita pressão. Quando marco presença nesse point, faço questão de sentar no balcão, para acompanhar de perto aquele vai-e-vem de pratos que saem da cozinha, num daqueles banquinhos que compõem o mobiliário nota dez. Para os dias mais quentes, a dica é a salada mista composta pelo tradicional trio tomate, alface e cebola. Como acompanhamento, peça um galetinho de leite. Quando o calor der uma trégua, opte pela batata corada com uma farofa de ovo e banana mal passados. Nem na Majórica há igual! Se estiver com disposição, enfie o pé-na-jaca com a pêra pra lá de bêbada, verdadeiro ícone da culinária da era ploc. E nada de fazer cara feia achando que está comendo algo demodê. Vou lá quase que semanalmente e já sabem do que gosto, no melhor estilo de CRM que existe. Vale assistir de camarote um dos donos no delivery – devem ser mais de 300 quentinhas só no almoço - enquanto o outro prepara os itens to go. O ticket médio não passa de 15 pratas. O convênio para empresas ainda está na era da assinatura no bom e velho papel de pão. Paixão não se explica. Garanto que essa dica nem Antônia Leite Barbosa conhece. Por sinal, vou indicar o meu querido galeto para a próxima edição da Agenda Carioca. Quem sabe? Que venham os críticos. Vá lá e depois me fale.